sexta-feira, 7 de junho de 2013

Sono interrompido

Sono Interrompido

DESCUBRA ALGUNS ENGANOS QUE PAIS COMETEM E QUE PREJUDICAM OS SONHOS DO PEQUENO

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO, RAQUEL BEER, FILHA DE MARCIA E ANDRÉ
Fazer com que sua criança durma – e continue adormecida – é uma das tarefas mais desafiadoras da paternidade. Mesmo pais de “dorminhocos” têm que encarar a hora da soneca ou lutas na cama ocasionalmente.

Mas e se você pudesse ajudar seu filho com algumas dessas dificuldades? Especialistas identificaram seis erros comuns que pais cometem quando o assunto é fazer o filho fechar os olhos. Mas a boa notícia é que aqueles que cometem esses erros podem contorná-los sem muitos problemas. 






1. Sono tardio 
Crianças de hoje passam menos horas adormecidas do que os pais passavam quando eram pequenos. “Na infância e ao longo da pré-adolescência, as crianças hoje dormem menos do que as dos anos 70 e 80”, diz Marc Weissbluth, pediatra e autor de Healthy Sleep Habits, Happy Child (Hábitos Saudáveis de Sono, Criança Feliz). Um estudo divulgado na obra descobriu que crianças de dois anos dormem 40 minutos a menos do que as duas gerações anteriores.

Talvez o seu filho não tenha uma rotina de sono com horários, ou talvez você só tenha as noites para brincar com ele, mas a verdade é que dormir tarde pode gerar dificuldades em dormir, cochilar, e sono interrompido, segundo Weissbluth.


Além disso, o sono tardio gera uma fatiga desnecessária nos pequenos. “Quando eles ficam muito cansados, é mais difícil que eles durmam - e permaneçam adormecidos-, e eles acordam mais cedo do que se eles se deitassem na hora apropriada”, explicaa trabalhadora social Jill Spivack, co-criadora de The Sleepeasy Solution: The Exhausted Parent's Guide to Getting Your Child to Sleep from Birth to Age5 (A solução do sono fácil: o Guia dos Pais Exaustos Para Fazer o Pequeno Dormir do Nascimento aos 5 anos).


Pense sobre isso: depois de chegar em casa, jantar e fazer o dever, dormir pode se tornar uma prioridade esquecida. Muitos pais adiam a hora da cama para evitar brigas ou com esperança de que seu filho irá dormir sem sozinho, mas para Mindell isso é tolice, já que quando as crianças estão muito cansadas, elas ainda ficam agitadas.


Solução: Estabeleça um horário regular para o sono e não abra mão dele. Também é recomendável colocá-lo na cama mais cedo, antes que ele coce os olhos ou boceje, porque mesmo 15 minutos de sono extra podem fazer a diferença. 


Vale lembrar que bebês e crianças pequenas precisam de 11 horas de sono; crianças na pré-escola, de 12 horas se tirarem sonecas ao longo do dia, e crianças mais velhas, de 10 a 11 horas. Descubra a hora que o seu precisa acordar e faça as contas!


2. Movimento sonolento

Que pais não deram um suspiro de alívio ao assistir o bebê deles pegar no sono no banco traseiro do carro? Mas algumas mães e pais caem na armadilha de usar movimentos para fazer seus jovens filhos cochilarem toda noite. “Se a criança sempre dorme em movimento – em balanços ou carros – ela provavelmente não tem o sono mais profundo e restaurativo, devido à estimulação do movimento”, diz Weissbluth. Ele compara o sono induzido por movimento ao tipo de soneca que o adulto pode tirar enquanto voa em um avião.

Solução: Use movimentos para acalmar, não para ninar.


Você pode usar movimentos para acalmar uma criança nervosa. Mas quando ela adormecer, pare com o balanço ou estacione o carrinho. “A criança terá um sono de melhor qualidade”, diz Weissbluth. No caso de uma viagem de carro, sinta-se livre para aproveitar os momentos de silêncio. 


3. Super estimulação 

O móbile pode ser uma das razões para a falta de sono do bebê. “Eu fiz o que achava que todas as novas mães tinham que fazer – colocar um móbile no berço”, diz Kelly Ingevaldson. Mas ela rapidamente aprendeu que o enfeite – com os brinquedos giratórios, barulhos e luzes – representava muita distração para a sua filha. “Ela não dormia admirada com o móbile. Com tantas cores brilhantes, ele estava mantendo-a acordada em vez de mostrá-la que era hora de dormir”.

No caso de crianças mais velhas, a agitação pode ocorrer devido a muitos brinquedos em sua cama ou outras distrações.


Solução: Escuro sem adrenalina.


Para que o pequeno aproveite ao máximo o sono, coloque os bebês e as crianças para dormir em salas escuras. “Para que os bebês durmam bem, em uma escala de 1 a 10, com 10 sendo o mais escuro, o quarto deve ser entre 8 e 9”, diz Spivack. Quanto aos barulhos, um ventilador ou outra máquina podem ser usados para abafar os sons da rua ou do quarto ao lado. 


Crianças mais velhas podem ter uma luz leve, para espantar os medos, mas nada de entretenimento na hora de dormir. Pense bem antes de permitir TV ou computador no quarto do pequeno. Mesmo crianças que adormecem com o DVD favorito perdem meia hora preciosa de sono – uma perda que pode afetar o humor e comportamento durante o dia. É mais fácil manter eletrônicos fora do quarto e negociar a questão cada noite.


4. Rotina quebrada 

Você pode pensar que a rotina do bebê, com banho, livro e canção de ninar, não é muito necessária. Mas ter uma série de atividades calmantes e divertidas levando a hora de dormir é muito importante, de acordo com Judith Owens, diretora da clínica pediátrica de distúrbios do sono no Hospital para Crianças Hasbro, em Providence. “Isso prepara sua criança para dormir”, explica.

Pais de crescidos muitas vezes abandonam a rotina por pensarem erroneamente que a criança é muito velha, ou porque eles estão cansados de fazê-la. Mas até os adultos se beneficiam ao terem algum tipo de rotina para se acalmarem toda noite. “Nós não podemos esperar que nossas crianças migrem de um dia agitado para um quarto de luzes apagadas”, diz Mindell.


Solução: Um ritual confortável de na hora de dormir.


Independentemente da idade de seu filho, a chave é ter uma série premeditada de passos – ou o que Spivack chama de “sinais do sono” – que ajudam-no a se acalmar. Isso pode significar simplesmente colocar o pijama e se aconchegar; ou tomar banho, ler, cantar canções de ninar e até orar.


5. Inconsistência

Duas vezes por semana, quando ele está muito manhoso, você deita com seu filho na cama dele até que ele durma. Ou talvez você coloque sua criança no quarto dela, mas permita que ela invada a sua no meio da noite.

O problema não é o método usado, mas a inconsistência de sua prática. Muitos pais não se importam em abrigar o pequeno na cama com eles, mas muitas vezes eles terminam com uma “cama familiar” que eles não planejaram.


 “Nas primeiras duas vezes que a criança levantar à noite, os pais vão coloca-la de volta em sua cama, e por volta das 3 da manhã eles deixaram que ela fique na cama com eles”. Explica Owens, que ainda afirma que esse cenário cria um “reforço intermitente”, que incentiva os pequenos a persistirem.


Solução: Estabeleça orientações.


Nunca é tarde demais para estabelecer regras.  Karen Tinsley-Kim tem um filho de três anos que recentemente começou a acordar às 11 horas da noite e achar o caminho para a cama dos pais. Depois de alguns meses de visitas noturnas, a privação do sono estimulou Tinsley-Kim a agir. “Eu não o deixava sair de sua cama, dizendo-lhe do jeito mais gentil e firme que conseguia que era hora de dormir, e era hora de ele dormir na cama dele”, relata ela, que conseguiu fazer com que o menino ficasse na própria cama.


Existem exceções. Se a criança tem medo de tempestade, sinta-se livre para confortá-la, ficando com ela na cama ou dormindo em um colchão no quarto dela. Mas assim que o medo passar ou que a tempestade acalmar, retorne para sua rotina normal.


Uma criança que já teve o conforto de dormir com os pais pode protestar. Nesse caso, Mindell sugere que se tome alguns dias para lentamente sair dessa situação- talvez ficando perto da porta até que seu filho durma, antes de deixá-lo totalmente.


6. Passo precipitado 

Sua criança faz 2 anos e você quer celebrar comprando aquela cama infantil bonitinha que você viu. Mas no mesmo dia em que você faz a troca, ela começa a acordar a noite e caminhar no horário em que deveria estar dormindo.

Por quê? Antes dos 3 anos aproximadamente, muitas crianças não estão preparadas para abandonar o berço. “Eles não têm o desenvolvimento cognitivo e autocontrole para ficar nos limites imaginários de uma cama”, diz Mindell.


Solução: Espere até que seu filho fique pronto.


Quando uma criança está perto dos 3 anos, talvez seja a hora de transferi-lo para uma cama maior. Talvez é a palavra certa: Se seu pequeno tem dificuldade com a transição, você sempre pode dar-lhe mais tempo.


Muito mais que voltar para as fraldas depois de desastrosas tentativas com o pinico, retornar ao berço não é um fracasso. “Se não está funcionando, não há nada de errado em voltar atrás”, diz Mindell. Seu filho vai eventualmente ser capaz de lidar com uma cama grande – e talvez até peça por uma. “Não conheço nenhuma criança que esteja indo para o jardim de infância e ainda durma em um berço”, diz Mindell.


fonte: http://www.guiame.com.br/noticias/gospel/familia/sono-interrompido.html

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